sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

DISCURSO DO VENERÁVEL MESTRE

Maçonaria é uma das mais antigas das instituições humanas, contudo o que praticamos atualmente é a Maçonaria Moderna, comumente chamada de Especulativa.
A Maçonaria Moderna foi fundada em 1717, em Londres, aproveitando o arcabouço e o sistema de segredos usados pelas confrarias de pedreiros da Idade Média, instituidores da Maçonaria denominada Operativa.
Em menos de meio século a Maçonaria Moderna já se havia expandido pelo mundo: estava na França, na Holanda, na Prússia, na Itália, em Portugal, na Espanha, nos Estados Unidos, no Brasil e na América Espanhola.
Tinha, então, um corpo de doutrinas básicas, cuja idéia-força são a Fraternidade e a Moral; e cujo objetivo é tornar feliz a Humanidade, pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito à autoridade e à religião.
Sua forma de ação característica é o ensinamento, exclusivamente individual, aos iniciados, de preceitos morais, sociais e filosóficos, velados por alegorias e ilustrados por símbolos.
O fundamento de sua moral é a solidariedade humana e o dever do maçom é tanto construir o seu próprio edifício espiritual, como edificar o templo social da Humanidade; para o que, deve defender para todos a liberdade de consciência, a igualdade de direitos e a fraternidade social; combater a tirania, os preconceitos e os erros e glorificar o direito, a justiça e a verdade.
Essencialmente espiritualista, exige preliminarmente de todos os seus adeptos a crença em Deus (que em respeito a todas as religiões invoca sob o nome de Grande Arquiteto do Universo) e na imortalidade da alma.
Coerente com seus princípios respeita as crenças políticas e religiosas de cada um, e sob o ponto de vista da evolução das instituições humanas, pode-se dizer que a Maçonaria Moderna é filha do liberalismo cultural, político e religioso do século XVIII.
É uma obra extraordinária de organização social que, além de congregar indivíduos de raças, nacionalidades, políticas e religiões diferentes, incentiva-os a trabalhar pelo progresso próprio e da Humanidade, arrancando-os da passividade diante da vida e dos acontecimentos do seu tempo.
Seu predicado maior é como força social e não como associação cultural, filantrópica ou beneficente.

Juvenal Rodrigues Amaral, V.M.

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