quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Definições conceituais maçônicas

A fonte primária do planejamento maçônico, estar no Ritual. Partindo da seqüência lógica de qualquer Sessão maçônica, desde a entrada; início dos trabalhos ao seu encerramento, etapa por etapa, tudo decorre como num sistema de planejamento técnico.
A maçonaria é uma organização universal, a maior instituição de homens do mundo, é progressista e evolucionista, recebe em seus quadros homens de todos os credos e crenças, raças e etnias, artes e profissões e crê num Princípio Criador, tendo a família como base de sustentação social e concretamente, busca de longo tempo, nos seus plano e projetos, melhores dias para humanidade
A beleza da maçonaria está também, na força de suas leis, seus administradores as conhecem muito bem e usam-nas para maior aproximação de irmãos com irmãos, Lojas com Lojas e Potências com Potências, resultando daí, a inserção da coletividade, a crença e o apoio às administrações maçônicas, principalmente, pelo incomparável capital intelectual, que a Sublime Ordem guarda nos seus Quadros no mundo inteiro. Tendo neles, ainda, o de melhor em cada comunidade em que se sedia.
Em síntese, o planejamento maçônico é um preparo, um PLANO, UMA AGENDA OU CALENDÁRIO e é fundamentado no aspecto legal da obediência, nos ditames da ética e no primor da moralidade; na força da eficiência, no sistema da organização, na gestão participativa, no processo transparente da informação, na valorização das pessoas, na visão de futuro, no aprendizado organizacional, na destreza da agilidade, no foco do resultado, na sensação da inovação, no controle de pessoas e nos objetivos avançados ou tradicionais da instituição.
Elaborar Plano para uma Loja Maçônica, é tarefa fácil, porém inovadora. É só buscar a visão do passado, o conhecimento do presente e saber o que deseja realizar no futuro. Por oportuno, cito o Irmão Grande Segundo Vigilante da GLMMG, Leonel Ricardo de Andrade, que assim diz: “Os caminhos que nos trouxeram até os dias atuais, com certeza, não serão os mesmos que nos levarão ao futuro”.
Por isto, o Plano, assim como administração maçônica atualmente, não deve ser amadorista ou imediatista. Ele deve sim, ser focado no resultado concreto do progresso da Gestão de pessoas, que é o maior patrimônio da maçonaria.
Este patrimônio é tradicional e contemporâneo da Instituição, fundado com base nas sete ciências naturais, amplia-se hoje, com o crescimento quantitativo e qualitativo do Pedreiro do Conhecimento, guiado pelos caminhos da prática e do aperfeiçoamento dos elevados deveres do homem cidadão, humano e patriota, que avança inteligente e virtuoso, cada vez mais, nas diversas áreas do saber e das novas tecnologias, tudo para o bem comum e a evolução feliz da humanidade.
Mais nas Lojas não basta somente a existência de conhecimento, de tecnologia e da espiritualidade. É sobre tudo, necessário o compromisso de todos maçons, principalmente, dos que detém maiores encargos na Ordem. Isto para que o trabalho da Gestão da Loja Maçônica, seja tão perfeito quanto se pretende demonstrar com o trabalho da ritualística.
Desta forma, a Loja Maçônica num determinado período de tempo, deve saber o que vai fazer, precisa ter objetivos e metas.
RESUMO DE OBJETIVOS
· Dotar a Loja de computador, e outros equipamentos de racionalização de seu trabalho, inclusive, site na internet da Loja ou do Distrito;
· Organizar administrativamente a Loja;
· Desenvolver as potencialidades dos obreiros da Loja;
· Aumentar o quadro de obreiros;
· Realizar com + freqüência Sessões de 2º, 3º Graus e Magnas comemorativas;
· Trabalhar o aumento de renda da Loja;
· Intensificar intercâmbio de maçons, de outras lojas e orientes diferentes;
· Divulgar no site da Loja, os atos da Gestão e Peças de Arquitetura dos irmãos;
· Renovar o acervo da biblioteca, se possível, fazer uma BIBLIOTECA VIRTUAL;
· Avançar no desenvolvimento da Cultura maçônico e no mundo profano;
· Estimular o desenvolvimento das instituições para-maçônicas;

EXEMPLO DE ALGUMAS METAS
Primeiro trimestre:
· Manter Sessões semanais normalmente;
· Organizar e manter atualizado, os Livros e Fichários de controle da: Tesouraria, Chancelaria, Secretaria, Hospitalaria, arquitetura e Biblioteca;
· Rever ou elaborar orçamento programa anual da Loja;
· Apresentar, na forma dos princípios contábeis, o inventário dos bens patrimoniais da Loja, alfaias e peças de decoração
· Promover uma vistoria nas instalações gerais.
· Apresentação do 1º Balancete da Tesouraria e Relatórios de demonstração de controles: da Hospitalaria, Secretaria, Chancelaria, Biblioteca e Arquitetura;
· Reunião Conjunta - Lojas Maçônicas Locais e do orientes de Independência;
· Sessões Magnas festivas Maçônicas e nas datas Nacionais do período.
Segundo trimestre:
· Manter Sessões semanais normalmente;
· Fazer aquisição de um sistema auto-refrigeração para Loja;
· Informatizar a Loja com computador ou equipamentos de última geração;
· Difundir o Simbolismo, a Ritualística, Espiritualidade maçônica, os postulados dos Lamdmarks, da Constituição Maçônica e dos Rituais, em estudos, trabalhos ou conferências nos 3 graus maçônicos;
· Reunião Conjunta – Lojas Maçônicas locais e do oriente de Independência;
· Promover reuniões conjuntas, das Irmãs da Fraternidade lojas maçônicas locais e do oriente de Independência;
· Sessões Magnas festivas Maçônicas e nas datas Nacionais do período
Terceiro Trimestre:
· Manter Sessões semanais normalmente;
· Trabalhar a questão do aumento de renda da Loja, com visão do empreendedorismo maçônico;
· Retocar a pintura das instalações prediais e dos móveis da Loja;
· Rever os estado de conservação das alfaias e jóias dos 3 graus e substituí-las caso seja necessário;
· Sessão Conjunta – Lojas Maçônicas locais e do oriente de independência;
· Realizar Sessões Magnas nas datas Maçônicas e Nacionais do período.
Quarto Trimestre
· Manter Sessões semanais normalmente;
· Construir uma secretaria com ambiência atrativa, digna de um espaço de trabalho humanizado;
· Construir Sanitárias para senhoras, no espaço social da Loja.
· Contratar uma Secretária, que domine os conhecimentos de informática, capaz instalar programas, operar sistemas e seja uma eximia digitadora, para os trabalhos burocráticos e maçônicos da administração da Loja;
· Elaborar o orçamento programa anual da Loja para o exercício seguinte;
· Promover reuniões conjuntas, das Irmãs da Fraternidade lojas locais e do oriente de Independência;
· Realizar Sessões Magnas nas datas Maçônicas e Nacionais do período.

Crateús, 28 de janeiro de 2009-01-28

À Glória do G:.A:.D:.U:.Uma Contribuição do Irmão Manoel de Souza Carmo – Loja Deus e Crateús nº 20
Bibliografia: - Protocolo dos Sábios de Sião – Comentários de M. E. JOUIN – Ed. Latino Americana S.A
- Proposta de Planejamento Maçônico Loja Deus e Crateús nº 20 – 1999.
- Planejamento Maçônico – José Castellani - Ed Trolha LTDA
- Maçonaria - Instituto Paramaçônico de Estudos e Pesquisa.htm
- Loja Maçônica Claudio das Neves – Reflexão I – Ir. Gr. 2º Vig. Leonel R. de Andrade GLMMG.
- MS-carmo.blogsport.com

RESENHA CONSEITUAL DO PLANEJAMENTO EM LOJA MAÇÔNICA

A fonte primária do planejamento maçônico, estar no Ritual. Partindo da seqüência lógica de qualquer Sessão maçônica, desde a entrada; início dos trabalhos ao seu encerramento, etapa por etapa, tudo decorre como num sistema de planejamento técnico.
A maçonaria é uma organização universal, a maior instituição de homens do mundo, é progressista e evolucionista, recebe em seus quadros homens de todos os credos e crenças, raças e etnias, artes e profissões e crê num Princípio Criador, tendo a família como base de sustentação social e concretamente, busca de longo tempo, nos seus plano e projetos, melhores dias para humanidade
A beleza da maçonaria está também, na força de suas leis, seus administradores as conhecem muito bem e usam-nas para maior aproximação de irmãos com irmãos, Lojas com Lojas e Potências com Potências, resultando daí, a inserção da coletividade, a crença e o apoio às administrações maçônicas, principalmente, pelo incomparável capital intelectual, que a Sublime Ordem guarda nos seus Quadros no mundo inteiro. Tendo neles, ainda, o de melhor em cada comunidade em que se sedia.
Em síntese, o planejamento maçônico é um preparo, um PLANO, UMA AGENDA OU CALENDÁRIO e é fundamentado no aspecto legal da obediência, nos ditames da ética e no primor da moralidade; na força da eficiência, no sistema da organização, na gestão participativa, no processo transparente da informação, na valorização das pessoas, na visão de futuro, no aprendizado organizacional, na destreza da agilidade, no foco do resultado, na sensação da inovação, no controle de pessoas e nos objetivos avançados ou tradicionais da instituição.
Elaborar Plano para uma Loja Maçônica, é tarefa fácil, porém inovadora. É só buscar a visão do passado, o conhecimento do presente e saber o que deseja realizar no futuro. Por oportuno, cito o Irmão Grande Segundo Vigilante da GLMMG, Leonel Ricardo de Andrade, que assim diz: “Os caminhos que nos trouxeram até os dias atuais, com certeza, não serão os mesmos que nos levarão ao futuro”.
Por isto, o Plano, assim como administração maçônica atualmente, não deve ser amadorista ou imediatista. Ele deve sim, ser focado no resultado concreto do progresso da Gestão de pessoas, que é o maior patrimônio da maçonaria.
Este patrimônio é tradicional e contemporâneo da Instituição, fundado com base nas sete ciências naturais, amplia-se hoje, com o crescimento quantitativo e qualitativo do Pedreiro do Conhecimento, guiado pelos caminhos da prática e do aperfeiçoamento dos elevados deveres do homem cidadão, humano e patriota, que avança inteligente e virtuoso, cada vez mais, nas diversas áreas do saber e das novas tecnologias, tudo para o bem comum e a evolução feliz da humanidade.
Mais nas Lojas não basta somente a existência de conhecimento, de tecnologia e da espiritualidade. É sobre tudo, necessário o compromisso de todos maçons, principalmente, dos que detém maiores encargos na Ordem. Isto para que o trabalho da Gestão da Loja Maçônica, seja tão perfeito quanto se pretende demonstrar com o trabalho da ritualística.
Desta forma, a Loja Maçônica num determinado período de tempo, deve saber o que vai fazer, precisa ter objetivos e metas.
RESUMO DE OBJETIVOS
· Dotar a Loja de computador, e outros equipamentos de racionalização de seu trabalho, inclusive, site na internet da Loja ou do Distrito;
· Organizar administrativamente a Loja;
· Desenvolver as potencialidades dos obreiros da Loja;
· Aumentar o quadro de obreiros;
· Realizar com + freqüência Sessões de 2º, 3º Graus e Magnas comemorativas;
· Trabalhar o aumento de renda da Loja;
· Intensificar intercâmbio de maçons, de outras lojas e orientes diferentes;
· Divulgar no site da Loja, os atos da Gestão e Peças de Arquitetura dos irmãos;
· Renovar o acervo da biblioteca, se possível, fazer uma BIBLIOTECA VIRTUAL;
· Avançar no desenvolvimento da Cultura maçônico e no mundo profano;
· Estimular o desenvolvimento das instituições para-maçônicas;

EXEMPLO DE ALGUMAS METAS
Primeiro trimestre:
· Manter Sessões semanais normalmente;
· Organizar e manter atualizado, os Livros e Fichários de controle da: Tesouraria, Chancelaria, Secretaria, Hospitalaria, arquitetura e Biblioteca;
· Rever ou elaborar orçamento programa anual da Loja;
· Apresentar, na forma dos princípios contábeis, o inventário dos bens patrimoniais da Loja, alfaias e peças de decoração
· Promover uma vistoria nas instalações gerais.
· Apresentação do 1º Balancete da Tesouraria e Relatórios de demonstração de controles: da Hospitalaria, Secretaria, Chancelaria, Biblioteca e Arquitetura;
· Reunião Conjunta - Lojas Maçônicas Locais e do orientes de Independência;
· Sessões Magnas festivas Maçônicas e nas datas Nacionais do período.
Segundo trimestre:
· Manter Sessões semanais normalmente;
· Fazer aquisição de um sistema auto-refrigeração para Loja;
· Informatizar a Loja com computador ou equipamentos de última geração;
· Difundir o Simbolismo, a Ritualística, Espiritualidade maçônica, os postulados dos Lamdmarks, da Constituição Maçônica e dos Rituais, em estudos, trabalhos ou conferências nos 3 graus maçônicos;
· Reunião Conjunta – Lojas Maçônicas locais e do oriente de Independência;
· Promover reuniões conjuntas, das Irmãs da Fraternidade lojas maçônicas locais e do oriente de Independência;
· Sessões Magnas festivas Maçônicas e nas datas Nacionais do período
Terceiro Trimestre:
· Manter Sessões semanais normalmente;
· Trabalhar a questão do aumento de renda da Loja, com visão do empreendedorismo maçônico;
· Retocar a pintura das instalações prediais e dos móveis da Loja;
· Rever os estado de conservação das alfaias e jóias dos 3 graus e substituí-las caso seja necessário;
· Sessão Conjunta – Lojas Maçônicas locais e do oriente de independência;
· Realizar Sessões Magnas nas datas Maçônicas e Nacionais do período.
Quarto Trimestre
· Manter Sessões semanais normalmente;
· Construir uma secretaria com ambiência atrativa, digna de um espaço de trabalho humanizado;
· Construir Sanitárias para senhoras, no espaço social da Loja.
· Contratar uma Secretária, que domine os conhecimentos de informática, capaz instalar programas, operar sistemas e seja uma eximia digitadora, para os trabalhos burocráticos e maçônicos da administração da Loja;
· Elaborar o orçamento programa anual da Loja para o exercício seguinte;
· Promover reuniões conjuntas, das Irmãs da Fraternidade lojas locais e do oriente de Independência;
· Realizar Sessões Magnas nas datas Maçônicas e Nacionais do período.

Crateús, 28 de janeiro de 2009-01-28

À Glória do G:.A:.D:.U:.Uma Contribuição do Irmão Manoel de Souza Carmo – Loja Deus e Crateús nº 20
Bibliografia: - Protocolo dos Sábios de Sião – Comentários de M. E. JOUIN – Ed. Latino Americana S.A
- Proposta de Planejamento Maçônico Loja Deus e Crateús nº 20 – 1999.
- Planejamento Maçônico – José Castellani - Ed Trolha LTDA
- Maçonaria - Instituto Paramaçônico de Estudos e Pesquisa.htm
- Loja Maçônica Claudio das Neves – Reflexão I – Ir. Gr. 2º Vig. Leonel R. de Andrade GLMMG.
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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

domingo, 25 de janeiro de 2009

Bíblia - O Livro da Lei

O objetivo deste estudo é mostrar que a esperança, essa potência interior, possui uma dinâmica extraordinária para conciliar os nossos sofrimentos com o fim último da existência humana. Para tanto, analisaremos o seu conceito, a sua inserção no tempo, as filosofias da negação e a perspectiva da religião.

2. CONCEITO DE ESPERANÇA Do latim sperare. Sentimento que leva o homem a olhar para o futuro, considerando-o portador de condições melhores que as oferecidas pelo presente, de tal sorte que a luta pela vida e os sofrimentos são enfrentados como contingências passageiras, na marcha para um fim mais alto e de maior valor. Do ponto de vista teológico, a Esperança é uma virtude sobrenatural, que leva o homem a desejar Deus, como bem supremo. (Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo) Genericamente, a esperança é toda a tendência para um bem futuro e possível, mas incerto. Psicologicamente, tensão própria de quem se sente privado de um bem ardentemente desejado (imperfeições), mas que julga poder alcançar por si mesmo ou por outrem. A esperança diz respeito aos bens árduos e difíceis, porque não dependem apenas da vontade de quem os espera, mas também de circunstâncias ou vontades alheias, e que, por isso, a tornam de algum modo, incerta e falível. Justaposta às esperanças do dia-a-dia, há a grande esperança, ou seja, um vínculo permanente entre a espécie e o seu criador. (Enciclopédia Verbo da Sociedade e do Estado)

3. PEQUENO ESCORÇO HISTÓRICO No pensamento grego, a palavra e l p i d designava tanto o momento feliz ou infeliz de quem espera. Com Platão, já designa "a grande e bela esperança" num além depois da morte. No pensamento romano, a palavra spes designava somente o momento feliz. Tanto a e l p i d grega como a spes romana, mesmo nas suas mais elevadas expressões, jamais atingiram a certeza de um futuro feliz. Foi a revelação judaico-cristã que, ao dar como termo das tensões a posse gratuita e inadmissível do próprio Deus, elevou-a à categoria de uma virtude fundamental da vida cristã. São de assinalar os contributos de Paulo de Tarso, Santo Agostinho, Pedro Abelardo e Duns Escoto para a compreensão do tema. Porém, foi São Tomás de Aquino, na sua Summa Teológica, quem dedicou-lhe exaustivas páginas no sentido de explicar os fundamentos da Esperança e de sua relação com a Fé e a Caridade. No âmbito da filosofia moderna, toda centrada na exploração da subjetividade, o tema foi relegado ao campo das paixões e das emoções. É que diante do domínio racionalista, a fé cristã vê-se amputada dos grandes objetivos de sua dimensão escatológica, de modo que a spes quae acaba por ficar reduzida aos aspectos formais do ato de esperar (spes qua) . As filosofias existencialistas, marxistas e materialistas roubam as expectativas da fé com relação à vida após a morte. (Enciclopédia Verbo da Sociedade e do Estado)

4. ABORDAGENS FILOSÓFICAS E RELIGIOSAS
4.1. NIILISMO Na Filosofia Moderna, as injunções dos pensamentos, a busca pela racionalidade e a supremacia da razão levam os indivíduos a decretar a morte de Deus. É a doutrina do nada além desta miserável vida. Esse sistema mata toda a Esperança. Como esperar algo se nada há o que se esperar? É por isso que Paul Sartre falava da náusea e do desespero, antíteses da esperança.
4.2. DESESPERO E PRESUNÇÃO Santo Tomás de Aquino classifica o desespero e a presunção como pecado, e por isso, o oposto da esperança. O desespero é a pouca confiança em Deus, o amor próprio, o orgulho pessoal. A presunção é achar-se alguém digno de uma posição religiosa vantajosa, sem de fato o ser. Tanto um quanto o outro é contrário ou opõem-se à esperança. Acrescenta ainda que as causas do desespero são os nossos vícios, os quais nos obnubilam. A presunção, por outro lado, está ligada à vaidade. Por fim, diz que a esperança não é uma atitude passiva, mas cheia de vitalidade e de amor. (Lain Entralgo, 1984)
4.3. PERSPECTIVA DO ESPIRITISMO Na perspectiva do Espiritismo - que nos fornece uma dimensão realista da vida futura -, a esperança torna-se uma força inovadora. A expectativa de que a vida continua além-túmulo e que não seremos levados nem para o céu e nem para o inferno, porém, conduzidos de acordo com o peso específico de nosso perispírito, dá-nos confiança sem limite na infinita bondade de Deus. Esta crença induz-nos a estudar com mais afinco, a fim de que possamos servir a Deus com mais conhecimento de causa. Assim, o Espiritismo dá-nos subsídios para melhor compreender a esperança. Não a esperança beatífica do dolce far niente, mas a certeza de que seremos recompensados ou punidos de acordo com o bem ou o mal que fizermos ao nosso próximo. Nesse sentido, todas as nossas dores, os nossos sofrimentos, as nossas renúncias ficam gravadas em nosso subconsciente e servirão como ponto de apoio para o julgamento de nossa própria consciência.

5. VIRTUDES As Virtudes - potências racionais que inclinam o homem para o bem, quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente, podem ser divididas em:

5.1. VIRTUDES CARDEAIS A virtude moral predispõe o indivíduo à prática do bem. Há duas ordens de moralidade, a natural e a infusa. Por isso, temos duas espécies de virtudes: adquiridas e infusas. Entre as virtudes adquiridas, distinguem-se principalmente quatro: prudência, justiça, fortaleza e temperança. Cognominadas de cardeais (de cardo, gonzo), por ser em redor delas que giram todas as outras, tais como a paciência, a tolerância, a brandura etc.
5.2. VIRTUDES TEOLOGAIS Entre as virtudes infusas estão a fé, a esperança e a caridade , cognominadas de teologais, porque não são o produto de uma prática, mas um dom infuso de Deus nos seus filhos. Assim, a Esperança não é o produto de nossa vontade, mas de uma espontaneidade, cujas raízes nos escapam, porque não é ela genuinamente uma manifestação do homem, mas algo que se manifesta pelo homem, porque não encontramos na estrutura da nossa vida biológica, nem da nossa vida intelectual, uma razão que a explique. (Santos, 1965)

6. FÉ: MÃE DA ESPERANÇA E DA CARIDADE A fé é um sentimento inato no indivíduo. A direção dada a esse sentimento pode ser cega ou raciocinada. A fé cega, não examinando nada, aceita sem controle o falso como verdadeiro, e se choca, a cada passo, contra a evidência e a razão; levada ao excesso produz o fanatismo. A fé raciocinada, a que se apoia sobre os fatos e a lógica, não deixa atrás de si nenhuma obscuridade; crê-se porque houve A fé, mãe da esperança e da caridade, é filha do sentimento e da razão. Quer dizer, a fé, ao ser movida pelo livre-arbítrio, tem o suporte do sentimento e da razão, que lhe dão garantia de obter o esperado, desde que aja caritativamente. Nesse sentido, o Espírito Emmanuel diz-nos: "A fé é guardar no coração a certeza iluminada de Deus, com todos os valores da razão tocados pelo perfume do sentimento". A esperança e a caridade, como vimos, são filhas da fé. Esta deve velar pelas filhas que tem. Para isso, convém construir a base do edifício em fundações sólidas. A nossa fé tem de ser mais forte do que os sofismas e as zombarias dos incrédulos, porque a fé que não afronta o ridículo dos homens não é a verdadeira fé. Além disso, para que a fé seja proveitosa, deve ser ativa, ou seja, não deve-se entorpecer. (Kardec, 1984, cap. XIX)

7. PAULO E A ESPERANÇA Eis algumas passagens tiradas das Epístolas de Paulo: "Porque tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança." (Romanos, 15, 4); "Ora o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo." (Romanos, 15, 13); "Tendo por capacete a esperança na salvação." (I Tessalonicenses, 5, 8); "E assim, esperando com paciência, alcançou a promessa." (Hebreus, 6, 15); Em I Coríntios 13, Paulo discorre sobre a suprema excelência da caridade. Depois de tecer comentários sobre a parte e o todo, ele diz: "Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três, mas a maior destas é a caridade." (I Coríntios, 13, 13) O Espírito Emmanuel, nos livros Vinha de Luz, Fonte Viva e outros do gênero, comenta vários desses versículos. Dos seus comentários, anotamos: 1) "Nem todos têm o vôo da fé, nem todos podem oferecer o pão do corpo, mas ninguém está impedido de espalhar os benefícios da esperança." (Vinha de Luz, 75); 2) "A ignorância pede instrutores, a dor reclama enfermeiros, o desespero suplica orientadores. Se algemamos o coração ao modo de trabalhar em benefício coletivo, como encontrar serviço feito que tranqüilize e ajude a nós mesmos?" (Vinha de Luz, 31); 3) "Jesus espera por nós. É preciso evitar o pessimismo crônico e renovar atitudes mentais na obra a que fomos chamados, aprendendo a confiar no Divino Poder que nos dirige." (Vinha de Luz, 86); 4) "Quando pois te encontrares em luta imensa, recorda que o Senhor te conduziu a semelhante posição de sacrifício, considerando a probabilidade de tua exaltação, e não te esqueças de que toda a crise é fonte sublime de espírito renovador para os que sabem ter esperança."(Vinha de Luz, 58); 5) "O capacete é a defesa da cabeça em que a vida situa a sede de manifestação do pensamento e Paulo não podia lembrar outro símbolo mais adequado à vestidura do cérebro cristão, além do capacete da esperança na salvação." (Fonte Viva, 94); 6) "Aguarda as surpresas do tempo, agindo sem precipitação. Não te esqueças de que o êxito seguro não é de quem o assalta, mas sim daquele que sabe agir, perseverar e esperar por ele." (Fonte Viva, 103); 7) "Lembremo-nos: contribuir para que a coletividade aprenda a pensar na extensão do bem é colaborar para que se efetive a sintonia da mente terrestre com a Mente Divina." (Fonte Viva, 144); 8) Antes de alcançar a esperança, o sonho, o projeto, é necessário liquidar com paciência as dívidas que contraímos perante a LEI." (Fonte Viva, 129).

8. CONCLUSÃO A Esperança, sendo algo infuso, faz com que o nosso pensamento ultrapasse tempo e espaço e penetre na imensidão do espaço infinito. Assim, de posse desta virtude, esquecemo-nos momentaneamente das dores, dos sacrifícios, das doenças, das dificuldades e lembramo-nos somente da felicidade regida pela paz e tranqüilidade de nossas tensões. Isso não é utopia, é a dimensão do eu que se transcende a si mesmo rumo à espiritualidade superior.

9. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ÁVILA, F. B. de S.J. Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo. Rio de Janeiro, M.E.C., 1967. Bíblia Sagrada, traduzida por João Ferreira de Almeida. Rio de Janeiro, Sociedade Bíblica do Brasil, 1966 KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed., São Paulo, IDE, 1984. LAIN ENTRALGO, P. La Espera y la Esperanza: Historia y Teoría del Esperar Humano. 2. ed., Alianza Editorial Madrid, 1984. Polis - Enciclopédia Verbo da Sociedade e do Estado. SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. ed., São Paulo, Matese, 1965. XAVIER, F. C. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, FEB, s.d.p. XAVIER, F. C. Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel. 3. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1971.
São Paulo, 30/01/2000

sábado, 24 de janeiro de 2009

Reflexão 1

Prezados Irmãos,

O maior desafio de qualquer a Organização da Sociedade Civil é o da gestão plena dos diversos processos em que está envolvida, principalmente no que diz respeito às pessoas que dela fazem parte, pois vivemos em um mundo ao mesmo tempo dinâmico, evolutivo e instável, tão cheio de detalhes e diferenças que, muitas vezes assusta aos líderes mais experientes. Adequar-se a essa realidade, a esse dinamismo e, sobretudo, saber enfrentar as inúmeras instabilidades vigentes no mundo, é uma questão de SOBREVIVÊNCIA. Lembrem-se: OS CAMINHOS QUE NOS TROUXERAM ATÉ OS DIAS ATUAIS, NÃO SERÃO OS MESMOS QUE NOS LEVARÃO AO FUTURO! Reflitam seriamente acerca dessa questão.

Em todos os aspectos, em especial, sob o ponto de vista administrativo, financeiro e operacional, quer seja em uma Potência / Obediência Maçônica, com a sua extraordinária complexidade, quer seja em uma Loja Maçônica ou em outro Organismo ligados à Sublime Ordem, é preciso que seus dirigentes, líderes, membros e associados, tenham consciência de que não existem mais espaços para amadorismos, ou seja, a gestão de todos os processos inerentes à vida desses organismos, sobretudo, no que tange aos supramencionados, requer a adoção de conceitos empresarias, com FOCO voltado para a busca de resultados concretos ao NEGÓCIO, inclusive com rigoroso planejamento em função de RESULTADOS FUTUROS - não existe sucesso sem PLANEJAMENTO. No entanto, é de primordial importância que não se esqueça do quão é importante, especialmente nos dias atuais, dado a complexidade e diversidade de pensamentos, a implementação de um consistente PROCESSO DE GESTÃO DAS PESSOAS ENVOLVIDAS, sejam elas maçons ou não maçons, pois são as pessoas a razão maior da existência de qualquer organização - são elas o seu maior patrimônio. O verdadeiro foco de suas ações.

É por isso que PRECISAMOS BUSCAR A EXCELÊNCIA EM GESTÃO!

Fatos recentes na vida da Maçonaria brasileira mostram a necessidade de que adotemos formas claras e consistentes de gerenciamento, voltadas para um aperfeiçoamento contínuo de todos os processos nos quais estamos envolvidos, ou seja, que apliquemos métodos que permitam buscarmos a eficiência máxima, através de uma administração moderna e eficaz, como eu já mencionei, implementando conceitos empresariais na busca da sustentabilidade financeira, administrativa, operacional, educacional, cultural, social e, porque não política, das Potências, das Lojas Maçônicas e demais Organismos vinculados. Meus caros, Maçonaria não é só Ritualítica e Simbolismo, como muitos acreditam e pregam. A nossa Instituição deve estar envolvida em todos os aspectos que dizem respeito a sociedade, bem como tudo que a cerca, inclusive a questão ambiental. Seus Objetivos e Metas vão além da formação e da capacitação do homem maçom, por isso ela se auto-denomina Progressista e Evolucionista e recebe em seu seio homens de todos os credos e crenças, de todas as raças e etnias e de todas artes e profissões. Acredita em um Princípio Criador e tem na Família a sua base de sustentação social. O seu papel e a sua atuação social histórica chamam-na para a AÇÃO, de forma madura, objetiva e concreta, em prol de dias melhores para a humanidade. Não existe na face da terra nenhuma outra instituição com estrutura humana semelhante - A FORÇA DE NOSSA DIVERSIDADE É ESPETACULAR.

Nesse sentido, alguns fundamentos de gestão precisam ser implementados, ou seja, será necessário estruturarmos e implementarmos no âmbito de nossa Organização (Potências, Loja e outros Organismos) um "Processo de Gestão Organizacional" alicerçado em fundamentos próprios da gestão de excelência, aplicada hoje nas melhores organizações nacionais e internacionais, respeitando os aspectos legais e constitucionais que nos regem (Constituições Maçônicas, Regulamentos Gerais, Estatutos, entre outros), inclusive aqueles que são próprios da natureza pública das instituições (leis que regem o país). Para a apreciação e avaliação de todos, passo à fundamentação sucinta de alguns aspectos que entendo serem relevantes.

FUNDAMENTAÇÃO:

1 - Legais: incondicional obediência à Lei, pois nada pode ser considerado excelente à revelia da lei. É imperioso que se observe, de forma clara, todos os requisitos legais envolvidos - óbvio;

2 - Ética e Moralidade: o processo de gestão tem que estar pautado por um rigoroso Código de Conduta Ética e Moral. As grandes organizações se sustentam neste fundamento e a sociedade atual tende a observar cada vez mais a conduta individual e corporativa existente dentro das organizações;

3 - Eficiência: fazer aquilo que precisa se feito, com a máxima qualidade, agilidade e ao menor custo possível, ou seja, de forma estruturada, ordenada e planejada;

4 - Excelência Dirigida à Todos os Membros da Organização: pressupõe atenção "prioritária" aos membros da organização, não deixando cair no esquecimento os princípios que norteiam as ações em prol da sociedade onde a mesma está inserida;

5 - Gestão Participativa: determinada por uma atitude gerencial de liderança que busque o máximo de cooperação das pessoas, reconhecendo a capacidade e o potencial diferenciado de cada um e harmonizando os interesses individuais e coletivos, afim de se conseguir a sinergia das equipes de trabalho;

6 - Gestão baseada em Processos e Informações: planejando, desenvolvendo e executando as atividades propostas e, concomitantemente, avaliando, analisando e aperfeiçoando os resultados, afim de proporcionar, sempre, o melhor desempenho possível. Os fatos e os dados gerados em cada processo devem ser transformados em informações que assessorem a tomada futura de decisões, além de propiciarem alta capacidade em agir e inovar com segurança;

7 - Valorização das Pessoas: o sucesso de uma organização está diretamente ligado à capacidade que as pessoas têm de perceberem detalhes e, com isso, fazerem a diferença. Esta valorização pressupõe dar autonomia para atingir metas, criar oportunidades de aprendizado e de desenvolvimento das potencialidades e reconhecimento ao bom desempenho;

8 - Visão de Futuro: está diretamente relacionada à capacidade de se estabelecer um estado de futuro desejado. O quê se quer? Quais são as expectativas e necessidades futuras? Pressupõe constância de propósitos, ações persistentes e de forma contínua (o dia-a-dia da organização contribuindo para o futuro almejado) - A visão de futuro indica o rumo para a organização e a constância de propósitos a mantém nesse rumo;

9 - Aprendizado Organizacional: é preciso que seja internalizado na cultura organizacional, tornando-se parte das rotinas, em quaisquer de suas atividades. É sempre possível fazer melhor da próxima vez. Deve ocorrer de maneira sistemática, pois é fator de motivação e envolvimento das pessoas, sejam quais forem seus níveis de responsabilidade;

10 - Agilidade: pró-atividade, antecipação e resposta rápida às mudanças de um modo geral. É preciso antecipar-se no atendimento às novas demandas que vão surgindo em um mundo extremamente dinâmico. Só assim se consegue criar oportunidades de crescimento ordenado e sustentável;

11 - Foco em Resultado: o resultado é a materialização de todo o esforço da organização para o atendimento das necessidades de todas as partes interessadas. Para tal, é preciso planejamento estratégico com plano de ação objetivo e estabelecimento de indicadores de desempenho;

12 - Inovação: significa, dentro de princípios norteadores, implementar mudanças significativas (tecnologias, métodos, valores) que permitam aperfeiçoar e agregar valor aos serviços e produtos da organização. Para tal, tem que ser conduzida e gerenciada com sapiência, disciplina e ética - INFORMATIZAÇÃO é um exemplo;

13 - Controle pelas pessoas: as organização precisam estimular seus membros e a própria sociedade, a exercerem ativamente, através do cumprimento inflexível de seus deveres, os seus papéis de guardiões de seus direitos e de seus bens comuns.

Meus caros, repito: não existe mais lugar para amadorismos. Ou nos profissionalizamos sob o ponto de vista administrativo, operacional e financeiro, ou levaremos a nossa Sublime Ordem para a vala comum das insignificâncias. Um exemplo acerca do que falo: o Venerável Mestre de uma Loja Maçônica não dirige tão somente os Trabalhos Ritualísticos da OFICINA, ele é também o GESTOR de todos os Processos relativos à LOJA, sejam eles de caráter familiar, social, administrativo, operacional, político, financeiro (em uma Loja entram e saem recursos financeiros) e outros. Aspectos que, felizmente, geram interpretações e posicionamrntos diversos e, consequentemente, conflitos que precisam ser bem conduzidos e resolvidos - É ASSIM QUE AS PESSOAS CRESCEM.

Portanto, quem se dispõe a liderar precisa estar isento de quaisquer vaidades pessoais, despindo-se do individualismo "do eu fiz e do eu faço", em prol de um PROJETO INSTITUCIONAL, e conscientes dos deveres gerenciais de quem se compromete com um processo de construção permanente de uma sociedade mais equanime, harmoniosa e equilibrada.

O propósito dessa reflexão é mostrar o quanto podemos fazer e o quanto é preciso vontade, disciplina, envolvimento e, sobretudo, organização e planejamento, afim de que os nossos objetivos e metas se concretizem, a bem da Ordem, da Pátria e da Humanidade. Nesse sentido, peço perdão àqueles que entendem que praticar Maçonaria é tão somente se dirigir uma vez por semana à sua loja e vivenciar os aspectos inerentes à Ritualística a ao Simbolismo.Que o ONTEM seja a REFERÊNCIA do HOJE e que, da mesma forma, através de ações concretas em prol do coletivo, o HOJE seja a REFERÊNCIA do AMANHÃ!

Um Tríplice e Fraternal Abraço,Leonel Ricardo de Andrade
Grande Segundo Vigilante da GLMMG Uberlândia - MG, landrade@triang.com.br

Pesquisado por Manoel de Souza Carmo

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

DISCURSO DO VENERÁVEL MESTRE

Maçonaria é uma das mais antigas das instituições humanas, contudo o que praticamos atualmente é a Maçonaria Moderna, comumente chamada de Especulativa.
A Maçonaria Moderna foi fundada em 1717, em Londres, aproveitando o arcabouço e o sistema de segredos usados pelas confrarias de pedreiros da Idade Média, instituidores da Maçonaria denominada Operativa.
Em menos de meio século a Maçonaria Moderna já se havia expandido pelo mundo: estava na França, na Holanda, na Prússia, na Itália, em Portugal, na Espanha, nos Estados Unidos, no Brasil e na América Espanhola.
Tinha, então, um corpo de doutrinas básicas, cuja idéia-força são a Fraternidade e a Moral; e cujo objetivo é tornar feliz a Humanidade, pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito à autoridade e à religião.
Sua forma de ação característica é o ensinamento, exclusivamente individual, aos iniciados, de preceitos morais, sociais e filosóficos, velados por alegorias e ilustrados por símbolos.
O fundamento de sua moral é a solidariedade humana e o dever do maçom é tanto construir o seu próprio edifício espiritual, como edificar o templo social da Humanidade; para o que, deve defender para todos a liberdade de consciência, a igualdade de direitos e a fraternidade social; combater a tirania, os preconceitos e os erros e glorificar o direito, a justiça e a verdade.
Essencialmente espiritualista, exige preliminarmente de todos os seus adeptos a crença em Deus (que em respeito a todas as religiões invoca sob o nome de Grande Arquiteto do Universo) e na imortalidade da alma.
Coerente com seus princípios respeita as crenças políticas e religiosas de cada um, e sob o ponto de vista da evolução das instituições humanas, pode-se dizer que a Maçonaria Moderna é filha do liberalismo cultural, político e religioso do século XVIII.
É uma obra extraordinária de organização social que, além de congregar indivíduos de raças, nacionalidades, políticas e religiões diferentes, incentiva-os a trabalhar pelo progresso próprio e da Humanidade, arrancando-os da passividade diante da vida e dos acontecimentos do seu tempo.
Seu predicado maior é como força social e não como associação cultural, filantrópica ou beneficente.

Juvenal Rodrigues Amaral, V.M.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

RETORNO AS ATIVIDADES MAÇÔNICAS

A suspensão temporária das atividades Templárias, é uma prática centenária, decidida pelas potências maçônicas brasileiras. Todas as Lojas no Brasil, na forma dos Regimentos Gerais dos seus órgãos supremos jurisdicionais, festejam solenemente as datas maçônicas e dão férias aos seus filiados, em períodos de diferentes, quase sempre no Solstício de Verão.
As festas maçônicas previstas no Regulamento Geral da Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará, estão expressas no artigo 129, que assim dispõe: “Consideram-se dias de festas o aniversário da Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará, 19 de março. O dia do Maçom, 20 de agosto. E, ainda 24 de junho e 27 de dezembro, os quais devem ser comemorados solenemente, com o concurso de todos os Maçons e Lojas da jurisdição. São também considerados maçônicos os dias de festas nacionais.”
Estas festas, não são folgas recreativas. As Lojas e os Maçons têm para com elas, obrigações ou deveres de celebrá-las solenemente, dando ênfase a história relativa ao acontecimento de cada uma delas, usando para tal, qualquer forma ou modalidade comemorativa. (sessão solene, missa, conferência, etc.
Por outro lado, no mesmo Regimento, as férias maçônicas estão previstas no artigo 131, que diz: “É considerado de férias o período que de 28 de dezembro a 15 de janeiro de cada ano.”
A título de informação aos irmãos Aprendizes, as férias maçônicas das Grandes Lojas Maçônicas de outros estados brasileiros, de acordo com as suas Constituições ou Regulamentos, têm início, término e períodos diferentes. A Exemplo: A Muito Respeitável Grande Loja Maçônica do Distrito Federal, dar 2 períodos de férias maçônicas a seus jurisdicionados, nas datas de 1º a 31 de julho e de 16 de dezembro a 31 de janeiro de cada ano, perfazendo 47 dias de descanso.
Não é para superestimar os fatos, mais para mostrar que o povo maçônico Crateuense, no início das férias maçônicas passadas, teve uma representativas confraternizações, naquele jantar que reuniu os maçons deste oriente, as cunhadas e sobrinhos. O acontecimento fortaleceu as colunas maçônicas locais, e, fez com que se juntassem novamente, as ARLS. Deus e Crateús nº 20 e Liberdade e Justiça 103, com vistas à gestão maçônica do ano de 2009, E:. V:.
Meus Irmãos, que o retorno às atividades maçônicas de nossa ARLS Deus e Crateús nº 20, sirva para, apesar das diferenças, formarmos, verdadeiramente, uma família humanizada, mantendo-nos cada vez mais um ao lado do outro, e, trazermos ao nosso convívio, os valores irmãos, de certo modo afastados da Loja, mas prestando inestimáveis serviços a nossa sociedade lá fora, cujas ausências aos trabalhos desta Oficina, resultam num prejuízo incomensurável. Busquemos pois, reconquistá-los, e, conseqüentemente, melhorar nossa freqüência em Loja.

Resenha do Irmão Manoel de Souza Carmo – ARLS Deus de Crateús nº 20

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

CONFRATERNIZAÇÃO UNIVERSAL

O primeiro de janeiro é dedicado a Confraternização Universal e neste ano de 2008, a data vem propiciar algumas reflexões sobre a intolerância, os preconceitos e as injustiças, que têm comprometido a paz na terra.
Após vinte séculos de ensinamento do Mestre, apesar da grande expansão da geografia da fé, a fraternidade entre as nações e os povos, ainda é apenas um sonho.
Entretanto, continua a luta contra o sectarismo nascido dos nossos sentimentos inferiores, que tem levado as criaturas a cometerem muitos equívocos.
Para alcançar a paz é necessário criar uma situação de eterna decência, cultivando-a de forma duradoura e equilibradamente saudável. Ninguém consegue viver em paz, desrespeitando os direitos alheios. Não se vive em paz com a alma magoada, com inveja, com prepotência e com ingratidão.
A paz é construída nos sedimentos seguros dos alicerces da razão e no mais profundo sentimento de amor ao próximo, sem iludir ou enganar, nem sonhar o impossível.
Para tanto é preciso firmeza de propósitos. Quem observa a superfície calma das águas de um charco, pode ter a ilusão de vislumbrar verdadeira mansidão, mas se sondar as profundezas, encontrará fungos pestilentos e odor fétido de insuportável podridão.
Assim, para que o Dia Mundial de Confraternização Universal e da Paz, não seja mera ilusão, nossas atitudes precisam ser iluminadas pela luz da razão e aquecidas pelo sol do puro sentimento.
Manoel de Souza Carmo, de sua Coleção de efemérides Site: www.horadelermais.com.br