sábado, 21 de fevereiro de 2009

TRABALHO SOBRE SOLSTÍCIO E EQUINÓCIO

Escolhi para o trabalho Solstício e Equinócio, proposto pelo Venerável Mestre da ARLS Deus e Crateús nº 20, Irmão ANTONIO WAGNER CLAUDINO SALES, uma metodologia enfocando três abordagens: 1) Abordagens dos aspectos astrológicos e esotéricos do tema; 2) abordagem conceitual das influências do Solstício e Equinócio no simbolismo e na cultura maçônica; 3) abordagem sobre a crença e organizações de civilizações antigas, em relação ao Solstício e Equinócio.
A ABORDAGEM DOS ASPECTOS ASTROLÓGICOS E ESOTÉRICOS DO TEMA
A Astrologia era, na antiguidade, considerada chave de todas as ciências humanas e naturais
A Astrologia teve sua origem por volta do ano 3.000 a.C., provavelmente, na cidade de “Ur”, supostamente a Pátria de Abraão, fundada há 4.000 anos a.C., por um povo ao norte da Mesopotâmia, os Sumérios. Este povo tinha grande interesse pela observação do céu. Para os Sumérios este parecia uma grande abóbada de veludo negro, onde as estrelas estavam fixas como enfeites de brilhantes. Entretanto, notaram que além do Sol e da Lua, cinco estrelas apresentavam um movimento mais rápido do que as outras; eram os planetas Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno.
Mais tarde, os caldeus introduziram a astrologia como hoje ela é conhecida. As estrelas foram agrupadas em constelações, para servirem como marcadores de movimento dos planetas. O Zodíaco ou o Caminho de Anu, era a rota seguida no céu pelo Sol, Lua e planetas, sempre pela mesma massa de estrelas, as Constelações Zodiacais.
A Maçonaria, com seus Templos onde são sempre representados os Signos do Zodíaco e Abóbada Celeste, serviram de veículo para difusão de ensinamentos de Astrologia e, com certeza, foram em Lojas Maçônicas que a Astrologia floresceu em nosso país, em especial no Rio de Janeiro.
Existem documentos mostrando a semelhança dos Cargos em Loja e os Sete Planetas Esotéricos. Venerável Mestre - Assimilado ao planeta Júpiter, que no panteão dos deuses babilônicos, simbolizava a sabedoria. Rege a visão, a prosperidade, a misericórdia, a liturgia, o sacerdócio, o mestre e a felicidade.
Orador - Está relacionado com Mercúrio, o planeta que rege a expressão da Verdade, pois é o “enviado de Deus”. Mercúrio tem asas nos pés e é o porta-voz, aquele que dá as boas vindas e domina os escritos. Associado ao Sol, pois dele emana a Luz, como guarda da lei maçônica que é além de responsável pelas peças de arquitetura instruções das regras para o caminho certo da moral e da ética entre os homens.
1º Vigilante - Associado ao planeta Marte, que era o senhor da guerra, simbolizando a força, a disciplina rumo certo e verdadeiro à Luz. Marte rege o início, a coragem, o pioneirismo e o impulso.
2o Vigilante - Assimilado ao planeta Vênus, mitologia feminina babilônica e que, sendo a deusa mágica da fertilidade e do amor, simboliza a beleza. Vênus rege a harmonia, o prazer, a alegria, e a beleza como o reflexo da manifestação do Grande Arquiteto do Universo.
Secretário - Relaciona-se com o planeta Saturno. É ele o responsável de gravar para a eternidade os fatos de forma fria e exata. Ele é o controlador rígido da ordem dos processos e cioso pela documentação dentro das normas. Assimilado à Lua, pois reflete as conclusões legais do Orador.
Tesoureiro - Associado a Cronos (Saturno, para os romanos), pai de Zeus e filho de Urano, um dos deuses primordiais, que, com Géia (a Terra) estava no início de todas as coisas, simboliza a riqueza. Recebe a simbologia da Lua em sua atividade. A atividade de receber os metais e de organizar o movimento financeiro da Loja é considerada por lidar com a frieza dos números calculista, além de inflexível. . A Lua rege a família, a cidade, o lar e o corpo; portanto rege o Templo.
Mestre de Cerimônias. Assimilado ao planeta Mercúrio, o deus veloz e astuto. Está relacionado ao planeta Sol. O Sol caminha diariamente pelo Céu, levando e trazendo a existência, a verdade e a justiça. É ele que anima a vida e que circula no oriente e no ocidente.
ABORDAGEM CONCEITUAL DO SOLSTÍCIO E EQUINÓCIO NO SIMBOLISMO DA CULTURA MAÇÔNICA
Os Solstícios são os pontos na eclíptica, em que o Sol está em sua distância máxima (ao norte ou ao sul) do Equador e, que assim são chamados, por que parece que o Sol estar parado.
O Solstício ocorre sempre entre 20 ou 21 de junho e 21 ou 22 de dezembro anualmente. Em 2009, ocorrerá, às 5:44 do dia 2l de junho e 21 de dezembro, às 17:47.
Já o Equinócio é ponto da órbita da Terra ao redor do Sol, em que a inclinação polar, forma um ângulo reto com a linha traçada entre a Terra e o Sol, resultando nessa ocasião, o dia ter a mesma extensão da noite em todas as regiões da Terra.
O Equinócio, anualmente ocorre duas vezes, em 20 ou 21 de março e 22 ou 23 de setembro, sendo que em 2009, será em 20 março, às 11:44 e 22 de setembro, às 21:18.
A Maçonaria celebra festa solene por ocasião do Solstício de Inverno, como dedicação à esperança e a festa celebrada no Solstício de Verão, é de reconhecimento e de aclamação.
A Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará, constitucionalmente, reúne-se ordinariamente comemorando Solstícios e Equinócios nas suas respectivas datas.


A órbita da Terra em torno do Sol é uma elipse, e não um círculo, a distância da Terra ao Sol varia somente 3%, sendo a máxima no solstício de inverno e a mínima no solstício de verão. Onde a Terra está mais próxima do Sol é mês de janeiro.
A Terra faz um movimento de translação ao redor do Sol em uma órbita plana, chamada eclíptica, quase circular, (Elipse) com o período definido de um ano. Enquanto isso, ela gira em torno de si mesma, originando os dias. O Equinócio é o ponto da órbita da Terra onde a duração do dia e da noite são iguais. É o dia a partir do qual os dias ou as noites começam a crescer (respectivamente Primavera e Outono), até que se chegue ao Solstício, que é o ponto da órbita da Terra onde existe a maior disparidade entre a duração do dia e da noite. Os solstícios são, então, os dias e as noites mais longos do ano (verão e inverno, respectivamente).Iniciando então no Solstício de Inverno (noite mais longa do ano), é a partir dessa data que os dias começam a crescer, até que se alcance uma igualdade entre o dia e a noite (Equinócio de Primavera), e continua até o ápice do dia no Solstício de Verão (dia mais longo do ano), data a partir da qual os dias diminuirão até que, mais uma vez, a igualdade se faça presente entre dia e noite (Equinócio de Outono), seguindo, novamente, para o Solstício de Inverno, onde se repete a nossa explicação, em um ciclo perpétuo. O Solstício deve ser comemorado maçonicamente com “ágapes solsticiais”. Isso não significa reunião para comer ou beber, mas sim para compartilhar, agradecer e unir energias a serviço do “Mais Elevado” e da ajuda à humanidade.
A ABORDAGEM SOBRE A CRENÇA E ORGANIZAÇÃO DE CIVILIZAÇÕES ANTIGAS, EM RELAÇÃO AO SOLSTÍCIO E EQUINÓCIO.
A comemoração do solstício de verão, trás o dia 24 de junho o dia de São João Batista, são recomendado os festejos juninos representando alegria e fatos significativos da história das civilizações Antigas.
Os antigos povos realizavam rituais a cada mudança de ciclo da natureza, ou seja, a cada estação. Os rituais de Primavera eram valorizados por celebrarem a fertilidade, para marcar o início de um período de abundância e generosidade da Mãe Natureza.
OS POVOS INCAS nos Andes, tinham como seu principal Templo o Sol. Cuzco, era a capital de seu Império, onde celebravam A Grande Festa do Sol, a Inti Rami. Também no Solstício de inverno, para dar boas vindas ao Sol e queimavam uma vítima em sacrifício, numa fogueira da palha do milho e de coco. Ainda hoje no Peru, em Cuzco, é celebrado o festival do Inti Rami, (nome dado ao Imperador) com uma re-encenação da antiga festa do Deus Sol.
Outras celebrações eram realizadas a deuses, como: MAMA QUILLA – A Mãe Lua, MAMA COCHO – A mãe Mar, MAMA SARA – A Mãe Milho - muita crendice fazia parte dos rituais da cultura Inca. Quase sempre nas passagens do Solstício e Equinócio.
OS POVOS ASTECAS no México, de uma rica mitologia, em deuses e criaturas sobrenaturais, a maneira dos romanos. Astecas incorporavam a sua religião divindades de povos que conquistavam em suas guerras. No mito da Criação os deuses entenderam que no princípio, tudo era negro e morto. O sacrifício de humanos, segundo suas crenças, era vontade dos deuses, onde usavam para tal, prisioneiros de guerra. Para eles era uma honra dar a vida por um deus. A mitologia Asteca era figura de um JAGUAR, que desempenhava o papel cultural mitológico. O livro religioso asteca era uma espécie de Bíblia chamada Códices
O POVO DA SOCIEDADE MAIA Contava em cidade-estado, com uma autoridade máxima hereditário “homem de verdade”. Quem designava os chefes de cada aldeia para funções civis, militares e religiosas, era um Conselho de notáveis. A nobreza maia incluía como dignitários, os sacerdotes, guerreiros e comerciantes e o restante eram artesões, escravos e prisioneiros de guerra e infratores dos direitos comuns. A classe sacerdotal era muito poderosa, pois detinha o saber relativo à evolução das estações e ao movimento dos astros, de importância fundamental para a vida econômica maia, baseada na agricultura. O sumo sacerdote dominava os segredos da astronomia, redigia os códigos e organizava dos templos. Tanto as artes quanto as ciências eram de domínio da classe sacerdotal.
O Sacerdócio nas cerimônias religiosas mais relevantes era conduzido por nobres de alta posição da família real

A falta de imagens artísticas dos sacerdotes, pode ser explicada, pela reticência dos Maias para representar cenas da vida cotidiana. Mas usam um calendário repleto de celebrações e cerimônias sempre a cargo dos nobres.


Dentro de cada clã, existiam as linhagens dos ancestrais mais distantes, que eram vassalos, que devia tributar obediência às linhagens superiores.

Os integrantes destas linhagens eram considerados como “gente inferior” pelo rígido sistema de castas. O último escalão social era ocupado pelos escravos. Com freqüência, eles eram oferecidos nos rituais de sangue.
O papel das mulheres, assim como era concebido, as mulheres se limitava à reprodução. As jovens das linhagens de elite, eram trocadas por mulheres de outras cidades, gerando redes de parentesco vinculadas a todas as regiões do mundo Maia, sem a obrigação de se casar com mulheres ou homens da mesma linhagem.
Excepcionalmente, cidades como Palenque e Tikal admitiam que as mulheres da nobreza ocupassem papéis governantes, caso a linha de descendência masculina fosse interrompida.
As normas morais eram extremamente rígidas. O adultério era proibido e as mulheres que traíssem o marido eram mortas por apedrejamento. Como exceção, aceitava-se a poligamia. Aceitava-se o divórcio, e em caso de insatisfação era permitido devolver a noiva durante o primeiro ano de casamento. O consumo de álcool, tabaco e estupefacientes era um privilégio dos homens das castas

POVOS CELTAS - Os Celtas surgiram na Europa Central no segundo milênio a.C., na época do Bronze, espalharam-se pelo continente na Idade do Ferro. Foram os introdutores do Ferro na Europa no primeiro milênio a.C. Como entidades políticas independentes perpetuaram-se na Irlanda até o Século XVIII.
A Religião dos Povos Celtas era politeísta, adoravam vários Deuses, e seus ritos, fortemente impregnados de magia, realizavam-se ao ar livre, e, em clareiras de florestas e locais junto a fontes ou fossas profundas que eram preenchidas com ossos de animais e outras oferendas. Em determinadas ocasiões, os Druidas, sacerdotes celtas, realizavam sacrifícios humanos, queimando, afogando ou enforcando suas vítimas - geralmente criminosos ou prisioneiros de guerra.
Do panteão os celtas faziam parte centenas de divindades, a maioria agrupada ao acaso, sem qualquer hierarquia. Havia dezenas de deusas de âmbito geral, ao lado de divindades especializadas como as que protegiam os ferreiros, as que tomavam conta dos animais ou mesmo a dos oradores.
Os Druidas eram sacerdotes e sacerdotisas dedicados ao aspecto feminino da divindade: a Deusa. Mas eles sabiam que todas as idéias a respeito da divindade, eram apenas parciais e imperfeitas às percepções do divino. Assim, todos os deuses e deusas do mundo nada mais seriam que aspectos de um só Ser supremo – qualquer que fosse a sua denominação – vistos sob a ótica humana.
Os Druidas desapareceram paulatinamente da história à medida que crescia o domínio da Igreja de Roma. Os grandes sacerdotes Druidas eram conhecidos como as serpentes da sabedoria, e, numa paródia sem graça, São Patrício ficou conhecido por ter expulsado “as serpentes da Bretanha”, região a época, por eles dominada. Mas o fascínio destas pessoas não poderia desaparecer de repente. Eles se perpetuaram nos romances dos menestréis e trovadores medievais, e sua influência se fez sentir os vários movimentos místicos e contestatórios da Idade Média, especialmente na ordem dos Templários.
No dia 25 de dezembro comemora-se o solstício de verão, data do nascimento de vários líderes da história universal como: Krishna, Mitra, Hórus, Buda e Jesus Cristo, todos considerados grandes Deuses ou dignitários da casa divina.
Autoria de Manoel de Souza Carmo, textos produzidos ou modificados da bibliografia abaixo – trabalho postado no Site: ms-carmo.gmail.com
Bibliografia: Dicionário de termos maçônicos, ( Internet) - HIRAM – Maçonaria, Vênus e a chave secreta para revelação da vida de Jesus – Christopher Robert Lonas, Madras Editora; José Castellani Bibliografia: 1.Maçonaria e Astrologia/ José Castellani – São Paulo: Landmark, 2002 Brasil 2a. Edição 2.Liturgia e Ritualística do Grau de Aprendiz Maçom – Editora A Gazeta Maçônica - 1a. Edição - 1985 - 2a. Edição 1992. Carlos Galvão, João Paganelo e Eduardo Gennari, MM.. M.'. - A.'.R.'.L.'.S.'. Thomaz Idineu Galera, GOB - São Paulo- Brasil – Ascensão e Queda do Deus Mitra - Monografia Maçônica pelo Vem:. Irmão William Almeida de Carvalho, Grau 33.

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